Wellness: o que é, como praticar e por que aderir?
Wellness pode ser definido como a busca ativa de atividades, escolhas e estilos de vida que levam a um estado de saúde holística. Entenda como funciona!
NESTE ARTIGO
O que é Wellness
Quais são as dimensões do wellness?
Qual a diferença entre wellness e well-being?
Como praticar o wellness?
Como esses conceitos contribuem para a saúde física e mental do colaborador?
Conclusão
O que é Wellness
Wellness pode ser traduzido como bem-estar na língua portuguesa. De acordo com o Global Wellness Institute (GWI), a prática pode ser definida como a busca ativa de atividades, escolhas e estilos de vida que levam a um estado de saúde holística.
A palavra é frequentemente confundida com saúde, satisfação ou felicidade.
Embora existam elementos comuns entre elas, o wellness (bem-estar) se distingue por ser um processo individual ativo e contínuo de estar ciente e fazer escolhas que levam a um resultado de saúde holístico.
Quais as dimensões do wellness?
Wellness é muito mais do que somente a saúde física. A maior parte dos modelos possuem pelo menos seis dimensões, sendo possível encontrar modelos com até doze dimensões.
Vamos refletir aqui, sobre as seis dimensões propostas pelo GWI:
Físico: trata-se de nutrir o corpo por meio de exercícios, alimentação e sono adequados às particularidades do indivíduo.
Mental (ou intelectual): o enfoque nessa dimensão, passa pelo envolvimento do indivíduo com o mundo através da aprendizagem, da resolução de problemas e do seu poder criativo.
Emocional: estar ciente, aceitar e expressar nossos sentimentos e compreender os sentimentos dos outros.
Espiritual: pode ser sintetizado como a busca de significado ou um propósito superior para a nossa existência.
Social: conectar e se envolver com outras pessoas e comunidades de maneiras significativas. Aqui estão incluídas todas as relações sociais, como as de amizade, familiares e amorosas.
Ambiental: fomentar relações positivas entre a saúde planetária e as ações, escolhas e bem-estar humanos.
Vale ainda destacar outras duas dimensões que são comumente citadas como parte da definição de wellness e que estão interrelacionadas: a saúde financeira e o bem-estar ocupacional, este último relacionado a uma carreira de sucesso.
Saúde financeira: você sabia que a sua saúde física e mental estão diretamente relacionadas à sua saúde financeira? Um estudo das universidades de Arizona e Virgínia sobre o efeito do descontrole financeiro mostrou que 82% dos entrevistados tiveram problemas de saúde causados por problemas relacionados ao dinheiro.
Estresse profundo, preocupação, nervosismo, ansiedade, depressão e distúrbios do sono foram as principais doenças relatadas.
Momentos de crise e incertezas, como o que vivemos agora, complicam ainda mais o cenário.
Bem-estar ocupacional: talvez o conceito que melhor represente essa dimensão é a palavra japonesa ikigai, que foi traduzida como “a felicidade de estar sempre ocupado” no livro Ikigai. Os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz.
Qual a diferença entre wellness e well-being?
Wellness está relacionado a um estilo de vida saudável. Refere-se a um estado de saúde física em que as pessoas têm a capacidade e a energia para fazer o que desejam da vida, sem sofrimento crônico.
Embora wellness signifique algo diferente em cada fase da vida, ele é principalmente sustentado por hábitos de alimentação, atividade física e sono de qualidade, que levam a resultados positivos para a saúde.
O well-being abrange as dimensões holísticas mais amplas de uma vida bem vivida.
Ou seja, wellness é parte do well-being, sendo este último, efetivamente o conceito mais amplo que pode ser interpretado como o “bem-estar geral do indivíduo”.
Os termos “wellness”, “well-being” e “felicidade” têm sido frequentemente usados juntos ou alternadamente por empresas, pesquisadores e pela mídia.
A tabela abaixo, traduzida e adaptada da GWI, descreve o que eles têm em comum e como esses termos diferem em conceito, uso e associação.
Como praticar o wellness?
Podemos elaborar uma extensa lista com práticas que contribuem para o bem-estar das pessoas.
Nela não podem faltar:
Cuidar da alimentação,
Praticar exercícios moderados e regularmente,
Meditar,
Dedicar tempo de qualidade com amigos e família,
Elaborar um planejamento financeiro e
Ter uma ocupação que potencialize nossas habilidades, proporcione aprendizagem e nos conecte com pessoas que compartilhem dos nossos valores.
Mas podemos ir além nessa reflexão.
Richard Davidson, neurocientista e fundador do Center for Healthy Minds da University of Wisconsin propõe uma estrutura para o bem-estar que transcende o que tradicionalmente consideramos "bom para nós".
Em alguma medida, exercitar esse modelo é uma forma de praticar wellness.
Em seu modelo, o bem-estar tem quatro pilares:
Conscientização: estar atento com relação ao ambiente em que nos encontramos, às sensações corporais, pensamentos e sentimentos. Pode ser interpretado como o grau em que percebemos (ou não) os detalhes de nossa própria experiência.
Conexão: nutrir relacionamentos com os outros e com o mundo ao nosso redor. Trata-se do grau em que praticamos a apreciação, a bondade e a compaixão.
Insight: cultivar a curiosidade e o autoconhecimento.
Objetivo: compreender nossos valores e motivações, usando-os como uma bússola pela qual orientamos nossas decisões.
Outra linha de pesquisa que aborda o tema é a do Dr. Martin Seligman, considerado o pai da psicologia positiva e autor de best-sellers como Felicidade Autêntica e Aprenda a ser Otimista
Ao longo de sua vida de pesquisas, ele estudou quais fatores levam as pessoas a serem felizes e a prosperarem na vida.
Considere quanto tempo passamos fazendo coisas que, em última análise, visam tentar encontrar a felicidade. O que realmente funciona?
Seligman notou que existem cinco elementos principais de bem-estar psicológico e felicidade que podem ajudar as pessoas a alcançar uma vida de realização, felicidade e significado.
É uma teoria de bem-estar conhecida como P.E.R.M.A.
Positive Emotions (emoções positivas)
É uma das conexões mais óbvias com a felicidade. Para sentirmos bem-estar, precisamos de emoções positivas em nossas vidas.
Qualquer emoção positiva como paz, gratidão, satisfação, prazer, inspiração, esperança, curiosidade ou amor se enquadra nesta categoria.
Engagement (engajamento)
É importante em nossas vidas sermos capazes de encontrar atividades que necessitem de nosso envolvimento total.
Quando estamos realmente envolvidos em uma situação, tarefa ou projeto, experimentamos um estado de fluxo, em que perdemos a noção do tempo.
Relationships (relacionamentos)
Relacionamentos e conexões sociais são um dos aspectos mais importantes da vida.
Os humanos são animais sociais, que prosperam em conexão, amor, intimidade e uma forte interação emocional e física com outros humanos.
Meaning (significado, propósito)
Ter um propósito e significado para o motivo pelo qual cada um de nós está neste mundo é importante para uma vida de felicidade e realização.
Achievement (realizações)
O fato de traçarmos metas realistas, que podem ser cumpridas e simplesmente nos esforçamos para atingi-las, pode nos dar uma sensação de satisfação.
Como esses conceitos contribuem para a saúde física e mental do colaborador?
As empresas, mais que nunca, reconhecem que desempenham um papel importante em ajudar os funcionários a reduzir comportamentos prejudiciais à saúde, que podem levar a condições crônicas onerosas.
Nos últimos anos, os empregadores também perceberam a importância da saúde mental dos funcionários como um fator chave para o bem-estar.
Alguns programas de seguro cobrem serviços de saúde mental e muitos empregadores incluem serviços de saúde mental como parte de seu pacote de benefícios.
Para alguns líderes, no entanto, pode ser um desafio ajudar a sua equipe no processo de potencializar o wellness, sobretudo na frente de saúde mental.
No entanto, existem habilidades que podem ser desenvolvidas para ajudar os funcionários a enfrentar os desafios de uma forma sustentável e eficaz, que são baseadas na Inteligência Emocional.
A inteligência emocional, capacidade de lidar produtivamente com as nossas próprias emoções e com as dos outros, sempre foi uma habilidade importante, especialmente para a liderança.
Em tempos de emoções intensas, com níveis sem precedentes de estresse, distração e desconexão, a necessidade de inteligência emocional é ainda mais aguda agora para viabilizar o bem-estar mental, emocional e espiritual.
Muitos desses elementos se conectam às práticas que temos explorado no programa Search Inside Yourself (SIY), desenvolvido no Google e lecionado pela Woke no Brasil.
Conclusão
O wellness está presente em tudo o que fazemos, em nossas escolhas. Consciente ou inconscientemente, atividades como comer, trabalhar, passar tempo com os amigos, ajudar a comunidade, descansar, rezar, estão relacionadas à busca pelo bem-estar.
A lista é infinita, o tempo é escasso.
Ter a clareza de que o bem-estar não é estático, não é um destino, mas uma sequência de ações que todos os dias temos o poder de escolher, é fundamental.
Dessa forma, podemos efetivamente refletir sobre o que nos faz bem, priorizando e buscando o equilíbrio entre nossas escolhas.
Vimos que o bem-estar é multidimensional, dinâmico, subjetivo e pessoal.
Não há fórmula mágica universal para alcançarmos a plenitude, mas existem pequenas decisões diárias, que ao longo do tempo, irão nos proporcionar sensações de contentamento.
Sobre o autor:
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